sábado, 16 de abril de 2011

Ministro da Integração Nacional libera R$ 900 mil para atendimento às vítimas da enchente

Fernando Bezerra disse que vai lutar pela construção de 500 casas para moradores de área de risco em caráter de emergência

Enchente do Rio Acre
O transbordamento do rio Acre, que atingiu 20 mil pessoas e obrigou quase 500 famílias a procurarem abrigo no Parque de Exposições, trouxe ao Estado o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, acompanhado do coronel Humberto Viana, da Defesa Civil Nacional, e do coordenador do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Armin Augusto Braum.

O ministro anunciou a liberação do recurso de R$ 900 mil solicitado pelo governador Tião Viana para o atendimento das vítimas da cheia e disse que vai se empenhar junto à presidente Dilma Rousseff para que seja autorizada a construção de 500 casas do programa Minha Casa Minha Vida, em caráter emergencial, para que os desabrigados não voltem às áreas de risco.

Após desembarcar em Rio Branco, o ministro fez um sobrevoo sobre a capital para conferir a força da natureza e sentir o impacto da cheia na vida das famílias. Oito bairros e cinco mil imóveis foram atingidos até agora.
 
Recursos, casas e mudança de conceito
Fernando Bezerra anunciou, além da liberação do recurso de R$ 900 mil, que estará na conta do governo do Estado até a próxima terça-feira, que vai lutar para que a presidente Dilma libere a construção de 500 casas em caráter emergencial. Segundo o ministro, as unidades habitacionais fariam parte do programa Minha Casa, Minha Vida, e, até que fossem concluídas, provavelmente as famílias seriam beneficiadas com outro programa, o aluguel social, caso elas não tenham mais condições de retornar às suas moradias em área de risco.

O ministro elogiou a atuação conjunta do governo do Estado e da prefeitura de Rio Branco no atendimento aos desabrigados. “Eu estive em 19 Estados e testemunhei situações como esta e outras tragédias. Quero aplaudir a Defesa Civil do Estado e do município e cada uma das pessoas envolvidas nesse trabalho. O Acre também é Brasil e é mais brasileiro que muitos Estados, por sua história de luta para pertencer ao país. Tenho certeza de que a presidente Dilma vai sinalizar positivamente com a construção das 500 casas para retirar as famílias de áreas de risco.”

Bezerra se posicionou favorável à  ajuda emergencial, por ser necessária, mas deixou claro que a política da presidente Dilma prevê uma ação voltada para trabalhos mais concretos e duradouros, com mudança de postura e de conceitos. “O Brasil gasta muito nos eventos pós-tragédias. É hora de introduzir uma nova cultura política, a de diagnóstico de risco, prevenção e conscientização das pessoas. As famílias precisam entender que não se pode morar em área de risco, que o barato pode sair muito caro. Vamos oferecer políticas de readequações, como o ordenamento territorial urbano e o estatuto das cidades."
Fonte: ANA

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